Na fotografia de cima, aparece um bólide precisamente alguns instantes depois de atingir os 400 km/h, começando a forte travagem. Sim, eu escrevi mesmo isto… depois de atingir os 400 km/h.
Ontem foi o dia da criança e eu senti-me uma, precisamente, num Porsche Panamera 4 E-Hybrid. E aí, toda uma história dos automóveis de sonho passou pela minha cabeça. Como tudo evoluiu e que sorte temos nós, aqueles que assistimos a ela.
Como de modelos desportivos passámos a ter super-desportivos e até hiperdesportivos – automóveis que conjugam características de performance ao alcance de poucos – geralmente, só daqueles que podem também adquirir iates ou aviões a jato. Mas também carros desportivos, verdadeiramente de classe executiva, espaçosos, confortáveis e capazes de manter o nível de adrenalina sempre em alta – como este Panamera conseguirá – além de me ter feito recuar no tempo e pensar no futuro.
Não trazendo estes vídeos que hoje escolhi, nenhuma novidade, gostei de os recordar e gostei da forma como a tecnologia tem mudado tudo, nos nossos dias – a ordem das coisas. Hibridização. A aposta da Porsche, no 918. A aerodinâmica. Os super-materiais leves e mais resistentes do que nunca. A competição e a aprendizagem nas pistas a alimentar os modelos de estrada. A segurança. A personalização. A Inteligência Artifical e poder comandar com a ‘voz’…. o futuro é mesmo hoje, em 2018.
Numa altura em que a Jaguar apresenta em Portugal o I-Pace, fiquei deslumbrado com um modelo que já é “maduro”, da Porsche… e, apaixonei-me pelos detalhes, pela qualidade, e pelo controlo que fotografei para não me esquecer… E lembrei-me de alguns modelos que quase arruinaram marcas estabelecidas – alguns arruinaram mesmo. E voltei a pensar no meu primeiro carro, um Land Rover Series 3, e em como a paixão pelos automóveis teima em ‘esmorecer’… e em como a tecnologia, sempre a tecnologia, e a imaginação do Homem continua a surpreender. Lembrei-me do primeiro Maserati onde vi os 320 km/h no mostrador, e era tão novo.
Voltando aos hiperdesportivos, a Bugatti afirma ter sido a grande criadora deste segmento automóvel e, talvez por isso, o desejável alvo a combater. Claro que a Porsche, a Ferrari e a McLaren, palmilham também esta avenida, onde se passeiam e cabem tão poucos automóveis. Mas marcas novas, como a Koenigsegg, a ombrear e a ‘batalhar’ em termos de performance – isso não seria credível há alguns anos atrás.
Também a Pagani, a Rimac, a Lamborghini, a Tesla e a Chevrolet, entre outros, comprovadamente ultrapassam os 300 km/h mas, num modelo stock (tal como sai do fabricante, sem modificações), aceitar o desafio dos 400 km/h é um campeonato menos concorrido – nada que a Kawasaki H2R não tenha também cumprido mas, aí, no mundo das motas, a física tudo muda.
Vamos relembrar, por ordem cronológica, esta demanda por recordes.
#TablierMagazine
Fonte: Bugatti / Koenigsegg
Obrigado ao meu – literalmente – grande amigo, por mais um momento ‘feliz’ que me proporcionou… e não foi o primeiro! Espero que não seja o único.
